O Senado argentino aprovou, por unanimidade, nesta quarta-feira (9), a “morte digna”. Pela nova lei, pacientes terminais têm o direito de rejeitar tratamento médico, que prolonguem suas vidas, quando as perspectivas de uma melhora são poucas.

Se os doentes não estiverem em condições de manifestar a sua vontade, as famílias deles podem decidir.

 

O debate sobre a “morte digna” ganhou força na Argentina a partir do caso de uma menina, Camilla. Ela morreu durante o parto, os médicos conseguiram ressuscitá-la, mas ela nunca saiu do coma. Os médicos dizem que o estado vegetativo dela é “irreversível” e a mãe dela, Selva Herbon, quer desligar os aparelhos que mantém a filha viva. Mas até a aprovação da lei, que permite a “morte digna”, não tinha essa opção.

Selva tornou público o seu caso, ocorrido no dia 27 de abril de 2009, em agosto do ano passado e começou a pressionar os legisladores para a aprovação da lei.

A nova legislação não legaliza a eutanásia ou o suicídio assistido, apenas permite ao paciente com uma doença terminal ou um estado irreversível rejeitar tratamentos, alimentos ou reanimação artificial, que só servirão para prolongar a agonia deles.